ASIA
Os mercados acionários da Ásia registraram ganhos na maioria, nesta quinta-feira, com investidores avaliando a decisão de ontem do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que manteve a postura acomodatícia, e também a possibilidade de mais estímulos fiscais nos EUA. Além disso, estiveram no radar notícias locais, como uma reunião na China para estabelecer diretrizes econômicas para o próximo ano e o avanço da covid-19 na Coreia do Sul.
Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,13%, em 3.404,87 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, avançou 0,93%, a 2.374,91 pontos. Investidores aguardam notícias de um encontro de cúpula em andamento nesta semana, a chamada Central Economic Work Conference, que estabelece a agenda para o próximo ano.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,18%, a 26.806,67 pontos. Ações ligadas a tecnologia e games estiveram entre os destaques, mas as do setor de transportes recuaram. Medidas do Japão para avançar no combate às emissões de gases causadores do efeito estufa e na digitalização têm recebido atenção dos investidores locais.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 0,82%, para 26.678,38 pontos, terminando na máxima do dia, com a perspectiva de mais estímulos fiscais nos EUA apoiando o humor. Ações de farmacêuticas estiveram entre os destaques.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi destoou da maioria em Seul e terminou com baixa de 0,05%, em 2.770,43 pontos. O avanço de casos locais da covid-19 pesou sobre o sentimento, após a Coreia do Sul registrar mais de mil casos diários da doença pelo segundo dia consecutivo. Entre as baixas estiveram companhias aéreas, penalizadas na pandemia, com Jeju Air em queda de 2,8% e Korean Air Lines, de 1,6%. Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,32%, a 14.258,93 pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 1,16%, em 6.756,70 pontos, na Bolsa de Sydney, após o governo da Austrália melhorar suas perspectivas para a economia e a situação fiscal nos próximos anos. O governo local vê uma retomada forte, após a recessão recente com a covid-19.
EUA
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira a extensão, até 30 de setembro de 2021, de sua de linha de swap cambial temporária. A decisão se aplica aos nove bancos centrais previamente listados na decisão de março de 2020 que criou o programa, incluindo o Banco Central do Brasil.
O FIMA Repo Facility, dispositivo que facilita a recompra de títulos por autoridades monetárias estrangeiras e internacionais, também foi estendido para o mesmo prazo, fornecendo alternativa temporária de dólares americanos às vendas de títulos no mercado aberto.
Segundo a entidade monetária, a extensão desses dispositivos ajudará a sustentar as melhorias recentes nos mercados globais de financiamento em dólares americanos, servindo como um importante suporte de liquidez.
O Fed já havia estendido ambos os dispositivos em julho deste ano, que tinham previsão de funcionamento até março de 2021.
Petróleo
Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos, nesta manhã, sustentados pelo dólar mais fraco, o que torna a commodity mais barata para os detentores de outras moedas. Além disso, ontem houve redução dos estoques nos Estados Unidos e a vacinação contra a covid-19 traz esperanças de retomada na demanda.
COVID-19
O mundo registrou um novo recorde de óbitos por Covid-19 nas últimas 24h, 14.360 mortes, ao total de 1,63 milhão. As infecções do vírus subiram 607 mil no dia, acumulado de 73,4 milhões.
Os Estados Unidos registraram um novo recorde de mortes diárias, com 3.370 novas vítimas fatais do vírus, ao mesmo tempo que o número de pacientes hospitalizados cresceu na média de 1.200 por dia na última semana. Os casos de no país aumentaram 205.137, ao total de 16,7 milhões. O governo americano está buscando ajudar a Pfizer a garantir a matéria-prima necessária para produzir milhões de dozes adicionais de sua vacina para suprir o mercado interno. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, fez o pedido à Marinha dos Estados Unidos para trazer o navio-hospital Mercy para ajudar o estado a passar pelo surto mais recente de vírus, além do empréstimo de 200 médicos de forma temporária. Mai de 5.000 sacos para corpos também estão sendo distribuídos no estado. O prefeito da cidade de Nova Iorque, Bill de Blasio, disse aos residentes para se prepararem para o fechamento de todos os negócios, exceto os essenciais, logo após o Natal, embora o governador de Nova York, Andrew Cuomo, tome as decisões finais.
Na Europa, a Alemanha registrou 910 mortes por Covid-19 na terça-feira, a maior contagem desde o início da pandemia. A chanceler alemã Angela Merkel alertou que o país chegará ao pico de infecções no mês que vem, sugerindo que as restrições mais duras permanecerão em vigor após janeiro.
Na Ásia-Pacífico, a Covid-19 causou a perda de 81 milhões de empregos até o momento, mesmo com a China mostrando sinais de desenvolvimento. A cidade de Tóquio divulgou recorde de 678 novos casos. A China adquiriu 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, suficiente para imunizar 50 milhões de pessoas, ou 3,5% da população. Hong Kong planeja estender as restrições a restaurantes para depois do Natal, além de cogitar novos estímulos. A entrega do imunizante deve ser feita até final de 2021. As autoridades sul-coreanas estão analisando a possibilidade de elevar o distanciamento social para o nível 3, após a nação asiática relatar recorde 1.078 novas infecções.
O Ministério da Saúde do Brasil relacionou 964 mortes a Covid-19 na terça-feira, maior contagem diária desde 30 de setembro. Ao todo, 182 mil brasileiros perderam a vida e 6,97 milhões foram infectados, um aumento de 42.889 casos nas últimas 24h. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ao STF que o governo distribuirá as vacinas contra a Covid-19 em até cinco dias após o imunizante for autorizado pela Anvisa e ficar disponível em estoque. O Palácio do Planalto irá seguir o rito feito na Inglaterra e nos Estados Unidos, exigindo a assinatura do termo de responsabilidade para quem receber a vacina apenas de uso emergencial. A cidade do Rio de Janeiro decidiu cancelar o Réveillon mesmo em formato digital e sem a presença de público, em respeito às vítimas da Covid-19.
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