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Resenha Global 15/12/2020

Foto do escritor: Ômega TêxtilÔmega Têxtil



COVID-19

Os casos globais de Covid-19 aumentaram 603.040 nas últimas 24 horas, enquanto que o número de mortes cresceu 9.024. Ao todo, 72,8 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus e 1,6 milhão vieram a óbito.


Em meio a marca desoladora de 300 mil óbitos e ao novo recorde de 262 mil novos casos nos Estados Unidos, as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer chegaram a todos os 50 estados americanos, ao Distrito de Columbia (Washington DC) e a Porto Rico. O governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, disse que “se não mudarmos a trajetória, poderemos muito bem fechar” todos os negócios não essenciais pela segunda vez. O estado informou 5.712 hospitalizações, um aumento de mais de 1.000 na semana passada. As primeiras 33.150 doses da vacina da Pfizer chegaram a Califórnia, estado mais impactado pelo vírus, o condado de Los Angeles, San Diego, San Francisco e Eureka já iniciaram a vacinação dos profissionais de saúde.


A maioria dos países europeus estão apertando ainda mais as medidas restritivas em meio ao aumento de casos de Covid-19. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que “são necessárias mais medidas restritivas [...] temos que evitar uma terceira onda a todo custo, porque a perda de vidas seria devastadora”. O Reino Unido confirmou que colocará Londres no nível mais alto de restrições a partir de quarta-feira, mesmo dia que a Alemanha. O nível mais alto de restrição contempla o fechamento de restaurantes, bares e cafés, podendo funcionar apenas para entrega; As empresas devem adotar o home office em setores em que o trabalho remoto é possível e reuniões em espaços abertos passam a ser limitadas a no máximo seis pessoas. A República Tcheca, assim como a Holanda, também fechou bares, restaurantes e hotéis, além de prolongar férias e determinar toque de recolher das 23h às 5h. O Reino Unido identificou uma nova cepa de Covid-19 que pode estar relacionada ao aumento de casos no sudoeste da Inglaterra. A análise preliminar é de que essa variante do vírus se espalha mais rapidamente, mas ainda não foi associado a doenças mais graves e ao que tudo indica, não deve ser resistente a vacina. A Alemanha tem mais uma candidata a vacina contra Covid-19, além da Pfizer e IDT, a CureVac inicia o teste final com 35 mil participantes na Europa e América Latina.


Brasil registrou 25.193 casos e 433 mortes por Covid-19 na segunda-feira, totalizando 6,9 milhões e 181 mil respectivamente. O presidente Jair Bolsonaro deve assinar hoje a Medida Provisória com o aval à liberação de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra a covid-19, mesmo assim, ontem o presidente menosprezou a imunização, citando: "Não é obrigatória. Vocês vão ter que assinar o termo de responsabilidade, se quiserem tomar. Tem gente que quer tomar, então toma. A responsabilidade é sua. Para quem está bem fisicamente, não tem que ter muita preocupação. A preocupação é o idoso, quem tem doença", finalizou Bolsonaro. A Anvisa divulgou que "diante das novas medidas regulatórias adotadas pela agência e o cenário do uso emergencial das vacinas Covid-19", a análise de pedido de uso emergencial de vacinas terá agora um prazo estimado de até 10 dias para uma definição, já o prazo para registro definitivo é de até 60 dias. O governo de São Paulo, João Doria, adiou a entrega dos estudos finais da Coronavac e o pedido de uso da vacina à Anvisa, que seria hoje (15), para o dia 23. A estratégia agora é entregar um estudo completo da vacina associado à certificação pelo governo chinês, que deve ser dentro de três dias, o que obrigaria a Anvisa a analisar dentro de 72h o uso e liberação da vacina. No estado do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 80%, enquanto nos leitos de enfermaria chegou em 73% de sua máxima capacidade. Já na capital fluminense, a rede de saúde registrou uma ocupação 93% nos leitos de UTI e 92% nas alas de enfermaria.


ASIA

Os mercados asiáticos da Ásia fecharam na grande maioria em queda nesta terça-feira, embora em alguns casos próximos da estabilidade. Investidores avaliaram dados da China, além de continuarem bastante atentos à disseminação da covid-19 e ao risco de mais restrições à circulação para conter o vírus, embora as vacinações deem alguma esperança sobre o quadro à frente. Além disso, a falta de acordo nos Estados Unidos sobre mais estímulos fiscais foi monitorada.


Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,17%, em 26.687,84 pontos, com ações dos setores financeiro e de aviação pressionadas. A covid-19 no Japão foi assunto importante, em meio à notícia de que o governo japonês pode adotar um terceiro orçamento extra para o ano fiscal de 2020 a fim de enfrentar a desaceleração econômica.


Na China, a Bolsa de Xangai terminou em queda de 0,06%, em 3.367,23 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,39%, a 2.256,43 pontos. A produção industrial e as vendas no varejo aceleraram recuperação em novembro, segundo dados oficiais. A produção industrial cresceu 7% na comparação anual, acima da previsão de 6,8% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, enquanto as vendas no varejo avançaram 5% na mesma comparação, mas nesse caso com previsão de alta mais forte, de 5,5%.


Na Bolsa de Seul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,19%, a 2.756,82 pontos. Ações de siderúrgicas e transportadoras marítimas pressionaram o índice, ao lado de avanços no número de casos na covid-19 na Coreia do Sul. Investidores também aproveitaram para realizar lucros, após altas recentes.


Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,69%, para 26.207,29 pontos, com papéis de tecnologia e energia entre as baixas. A pandemia na Europa e nos EUA e medidas para restringir a atividade e conter o problema pesaram sobre o sentimento, segundo a KGI Research, que cita também riscos regulatórios sobre empresas de tecnologia da China. Em Hong Kong, a administração local disse que buscará aprovar no Legislativo mais uma rodada de fundos de alívio, direcionados a empresas mais atingidas pelas restrições da pandemia. Em Taiwan, o índice Taiex teve baixa de 1,00%, a 14.068,52 pontos.


Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,43%, a 6.631,30 pontos, na Bolsa de Sydney. Ações do setor financeiro e de mineradoras estiveram entre as baixas.


Petróleo

Os contratos futuros de petróleo operam estáveis nesta manhã, após a Agência Internacional de Energia (AIE) cortar a previsão para a demanda global pela commodity em 2021 em 170 mil barris por dia (bpd), em seu relatório mensal.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu hoje em 170 mil barris por dia (bpd) sua previsão para o crescimento da demanda global por petróleo em 2021. Para 2020, a expectativa contida no relatório de dezembro, publicado hoje, é bastante similar ao relatório do mês anterior, com corte de 50 mil bpd. A AIE diz que a redução na expectativa para aumento na demanda no próximo ano foi fruto de mais um corte na previsão para a demanda por combustíveis par aviação e querosene.


"Em 2021, a demanda por gasolina e diesel deve retornar a 97% a 99% de seus níveis de 2019", compara a AIE, após o choque do ano atual com a pandemia da covid-19. A entidade sediada em Paris diz também que a oferta global de petróleo subiu 1,5 milhão de bpd em novembro, a 92,7 milhões de bpd, com os Estados Unidos recuperando-se de problemas recentes com furacões em zonas produtoras e a Líbia elevando sua produção.


Em dezembro, a AIE diz que a oferta global da commodity pode aumentar mais, além de lembrar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) elevou sua cota de produção no atual acordo em 500 mil bpd em janeiro. A Opep+ domina o crescimento global da oferta no curto prazo, afirma a AIE. Em 2021 como um todo, produtores de fora da Opep e também da Opep+ devem aumentar sua produção em 400 mil bpd, após queda de 1,3 milhão de bpd em 2020, diz o relatório.


A Opep+ registrou 101% de cumprimento de seu acordo para conter a oferta em novembro, segundo a AIE. Já os EUA tiveram aumento de 500 mil de bpd em sua produção em novembro ante o mês anterior, a 11,1 milhões de bpd.


A AIE aponta ainda que os preços do petróleo reagiram em novembro. Os contratos futuros do Brent subiram US$ 2,46 no mês passado, a US$ 43,98 em média, fechando em US$ 49,97 em 11 de dezembro. O relatório lembra que o Brent superou a marca de US$ 50 o barril em dezembro.


Para a AIE, há uma "euforia compreensível" com o início de programas de vacinação, o que explica em parte os preços mais altos. A entidade lembra, porém, que ainda levará "vários meses" até que uma parcela considerável das pessoas tenham sido vacinadas, a ponto de afetar a demanda por petróleo. Adverte também para o risco trazido pela nova onda da covid-19 e de mais medidas de restrição à circulação para conter o vírus.

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